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Sábado, 20 de abril de 2024

07/10/2019 - 15h55min

Daniel Andriotti

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RS: falência como nação

Pesquisa é um assunto que eu gosto. E respeito. E me interessa. E me entusiasma. Até por força da minha formação profissional. O problema é que muitas vezes, os resultados das pesquisas me angustiam...

Semana passada foi publicado um estudo onde Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, juntos, “aparecem” com 18 municípios num levantamento anual que apresenta as cem cidades mais inteligentes do Brasil. Isso significa que seus habitantes são mais inteligentes que os outros? Claro que não, né? Trata-se de uma pesquisa que mapeia todas as cidades com mais de 50 mil habitantes – que no Brasil, hoje, são 666 municípios (segundo o livro do Apocalipse é o número da besta) – com objetivo de definir quais as cidades que apresentam um maior potencial de desenvolvimento – tecnológico, inclusive – para a prospecção de negócios.

O nome glamouroso disso é Ranking Connected Smart Cities 2019 – desenvolvido pela Urban System, uma agência de inteligência e consultoria de mercado e envolve empresas, entidades e governos numa plataforma que tem por missão encontrar o DNA de inovação e melhorias para cidades mais inteligentes e conectadas umas com as outras, sejam elas pequenas ou megacidades. Os números apontam Campinas, em São Paulo, como a cidade mais inteligente e conectada do país; seguida por São Paulo (SP), Curitiba (PR), Brasília (DF) e São Caetano (SP). Na sexta colocação está Santos (SP), depois Florianópolis (SC), Vitória (ES), Blumenau (SC) e, na 10ª posição, Jundiaí (SP).


A região Sudeste do Brasil, lógico, concentra as cidades mais ‘inteligentes e conectadas’, tendo seis municípios entre os 10 mais bem colocados (em 2018 foram sete). Onde eu quero chegar com isso? Conheço razoavelmente o interior do Rio Grande do Sul e conheço algumas cidades do interior de Santa Catarina. A diferença é abismal. Estamos a léguas de distância dos vizinhos ‘catarinas’. Em tudo. A vergonha alheia é que somente três cidades gaúchas figuram entre as 18 melhores colocadas da região Sul. Além de garantir o primeiro lugar entre os três estados do Sul, Curitiba, capital do Paraná, é a terceira do Brasil. Depois vem Floripa (sétima no ranking nacional), Blumenau, Joinville, Itajaí, Camboriú (todas em SC ?!?!?!?!?) e, somente na sétima posição regional é que aparece a primeira gaúcha: Porto Alegre, que está em 20º no Brasil. A segunda gaúcha é Caxias, em 14º na região Sul e em 70º no Brasil e Erechim, 17º aqui e 94º no ranking nacional. Sim, você leu direito? Erechim.

É lógico que eu gostaria que Guaíba aparecesse nesse ranking, mas sou consciente das nossas limitações. O que me surpreende, no entanto, é o fato de não apareceram entre as ‘top 20’, cidades como Canoas, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Pelotas... as chamadas ‘locomotivas’ ou polos de desenvolvimento. Dedução lógica: se tivéssemos vencido a Revolução Farroupilha hoje seríamos uma nação falida. Talvez uma Etiópia, Ruanda, Gâmbia. E olharíamos para Santa Catarina como sendo uma Alemanha, uma Holanda, uma Noruega...


Assisti aos dois jogos das semifinal da Libertadores. Boca e River me impressionaram negativamente, muito em particular com a ruindade do Boca. Carlitos Tévez é ex-jogador há muito tempo. Eu que tanto acreditava nessa patrola argentina para derrotar qualquer um dos brasileiros que passar... No dia seguinte vi Grêmio e Flamengo. Superior (e muito) no primeiro tempo, o Flamengo cometeu um erro grave em se tratando do imortal: não matou o inimigo. Isso vai lhe custar muito caro no Maracanã...

Daniel Andriotti

[email protected]

Publicado em 05/10/2019.

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