26/04/2019 - 16h24min
O estádio Beira-Rio, segundo a BRio, tem algo em torno de 50 mil lugares. O Sport Club Internacional, segundo o Sport Clube Internacional, tem mais de 100 mil sócios. Se essas informações estão corretas... peço encarecidamente ao presidente Marcelo Medeiros e seu fiel escudeiro Roberto Mello, que não reforcem o grupo de jogadores do atual elenco colorado. Muito antes pelo contrário: negociem o goleiro Lomba e coloquem qualquer um no lugar. Vendam o volante Dourado, o meia D’Alessandro e os atacantes Nico Lopez e Guerrero. Jamais tragam um treinador arrojado e corajoso. Se o Inter tiver um grupo competitivo capaz de vencer, vencer e vencer campeonatos e torneios teremos grandes espetáculos a cada jogo no Beira Rio. E assim, a cada jogo, haverá um show de futebol, muito acima do que podem proporcionar Barcelona ou Real Madrid, por exemplo. Se isso acontecer, o caos se instalaria no entorno do estádio. Haveria verdadeiras batalhas de sócios contra sócios (cada um com a sua grandeza e o seu direito de entrar no estádio); guerras de sócios contra não-sócios e vice-versa. Porque diferentemente de outras torcidas do Rio Grande do Sul, o torcedor gosta da sua casa porque se sente dono dela.
Logo, se metade dos sócios resolverem ir ao mesmo jogo – a matemática é uma ciência exata – vai morrer gente. Não haverá lugar para todos que já pagaram, e caro, antecipadamente pelo seu espaço no Gigante. Some-se a eles, os não sócios que querem comprar ingressos na bilheteria...ou dos cambistas (esses sim, não sei como, sempre têm ingressos...)
Portanto presidente Medeiros, mantenha o Trellez, o Jonathan Alves, o Potker (esse, por mais 20 anos, porque pelo jeito, o Inter é ele e mais 10). Diga para o treinador (que nesse caso pode ser o Odair ‘Maionese’ Hellmann, que é fraco e isso é importante para a estratégia) transformar em titulares jogadores como o Klaus, o Roberto, o Rithely, o Lindoso... Assim, a maioria daqueles que ama o Inter não vai ao Beira Rio. E não corremos o risco de uma batalha campal entre colorados ao longo da Padre Cacique...
Ouvi de gremistas e de boa parte da crônica esportiva gaúcha (talvez haja uma redundância aí) que o Inter iniciava a Copa Libertadores da América com um time de série B e que dificilmente passaria da primeira fase, por pior que fossem seus adversários (ignorando a existência do River Plate na chave). Já o Grêmio, o melhor do Brasil e um dos melhores do mundo, treinado pelo super-mega-top-gênio-plus Renato Portaluppi, embora tivesse, por descuido, sido sorteado pela ‘tendenciosa’ Conmebol entre os integrantes do “grupo da morte”, com o perigosíssimo Libertad, do Paraguai; o imbatível Rosário Central, da Argentina; e o poderoso Universidad Católica, do Chile, passaria fácil, sendo líder do grupo por antecipação pois golearia em todos os jogos. Parece que o jogo virou???
Mas sem ilusões, caro leitor colorado. Não será com Lindoso, Parede e Potker jogando entre os titulares que vamos carimbar nosso passaporte para Abu Dhabi. Sobis não é Adriano Gabiru. Meus amigos colorados me massacram com argumentos do tipo “jogamos contra o juiz, contra a mídia, contra a Federação”; “o time está correndo”, “está nos faltando sorte...” Por favor, parem com isso. Eu quero faixa no peito e taça no armário. E tapa de luva no adversário. Chega de aplaudir time esforçado e derrotado. E vamos combinar: com esse grupo, esse treinador, essa direção... falta muito pra ganhar qualquer coisa!!
Daniel Andriotti
Publicado em 27/4/2019.
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