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Sexta-feira, 29 de mar�o de 2024

22/04/2019 - 14h04min

Daniel Andriotti

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Reflexões sobre o Gre-Nal

O maior beneficiado pela conquista – de forma invicta – do Gauchão desse ano não foi o Grêmio. Foi a Federação Gaúcha de Futebol. Explico: o Grêmio jogou, pelo Campeonato Gaúcho desse ano, 17 partidas. Ganhou 11 e empatou seis. Nenhuma derrota. Marcou 38 gols e sofreu um único. Saldo positivo de 37.

Se o imortal tricolor não tivesse ganhado a decisão da última quarta-feira, como acabou acontecendo nos pênaltis, teria sido vice-campeão sem perder um único jogo no tempo normal, sofrendo apenas um gol em 1.530 minutos de bola rolando. Como a FGF iria justificar um regulamento desses??? Nem era para ter ocorrido os dois Gre-Nais. Um time com essa campanha tem que ser campeão por antecipação.

Hoje ninguém fala sobre o assunto porque quem perdeu foi o Inter. Fosse o Grêmio, com toda essa performance obtida ao longo do campeonato, a essa hora a sede da Federação já teria sido depredada. O papa já teria sido acionado, Donald Trump e Vladimir Putin enviariam forças militares com forte aparato bélico para destruir qualquer tipo de esporte com bola no Rio Grande do Sul...

D’Alessandro é um estrategista. Quando foi preterido na escalação inicial do limitadíssimo Odair Hellmann, que optou pelo inútil e medíocre Willian Potker, o argentino aproveitou a confusão criada antes da cobrança do pênalti causado pelo não menos inútil Guilherme Parede sobre o lateral Cortez, para fazer o que sabe de melhor: arrumar uma confusão e ser expulso. O quê pensou D’Ale naquela hora??? Eu sei: “Tomaremos um gol. O treinador vai me chamar e dizer: ‘agora entra lá e resolve’. Se eu for expulso, não terei esse compromisso e essa responsabilidade. Saio e fico numa boa com o torcedor pois é isso que ele espera de mim. Se eu ficar, entro em campo e não consigo reverter o placar. Daí a imprensa vai dizer que estou ultrapassado e sou um ex-jogador. Então, xingo todo o quadro de arbitragem, pois adoro fazer isso e... vou pro banho”.

Ele só não contava que André Balada fosse errar. Pelo menos esse. Mas isso já é uma outra história...

O zagueiro Victor Cuesta – de contrato milionário e renovado pelo Inter até 2022 para mostrar em campo aquela qualidade bem inferior a que ele pensa que tem – errou uma das penalidades decisivas. Até aí, tudo certo, faz parte do jogo e afinal de contas era isso que eu esperava dele mesmo. Que errasse. O que me impressionou, no entanto, nos últimos dois jogos é que, tanto na decisão da Arena, na última quarta-feira, quanto na do Beira Rio, domingo passado, ele deu entrevistas ao final do jogo e... seu cabelo estava impecável. Com uma irretocável camada de gel que parecia recém ter saído do salão de beleza. O que isso significa??? Que um zagueiro ovacionado pela torcida consegue passar dois Gre-Nais sem afastar uma única bola de cabeça...

Por fim, o técnico Odair ‘bien media boca’ Hellmann, do Inter, também conhecido nas arquibancadas do Beira Rio como ‘maionese’ foi retirado do campo ontem pela Brigada Militar. Por ter xingado a arbitragem? Não. Por ter invadido o campo? Também não. Por querer apitar o jogo? Nada disso. Fosse por esses motivos, Renato Portaluppi não entraria em campo em nenhum jogo. Odair Hellmann foi escoltado pelos PM’s pois nem eles aguentaram a escalação de Potker, Paredes, Zeca, Iago e – especificamente ontem – Nico Lopez em campo, sabendo que no banco haviam jogadores menos piores...



Daniel Andriotti

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Publicado em 20/4/2019.

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