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Quinta-feira, 18 de abril de 2024

04/09/2017 - 10h10min

Daniel Andriotti

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O mistério da letra “J”

Você já ouviu falar no mistério da letra “J”?

Jamais? Então, jóia meu jovem. Não precisa justificar. Sejamos justos, com juízo, darei um jeito: com a letra J nasceu um menino judeu chamado Jesus. Criado por um homem de nome José. Numa tribo chamada Judah. Numa região chamada Judéia. Jesus foi batizado por um homem chamado João, num rio chamado Jordão numa terra chamada Jerusalém. Mas foi justamente num país chamado Brasil – que sabemos, não começa com a letra J – onde a letra J não deu muito certo. Isso porque, sem qualquer justificativa justa, um jovem mineiro chamado Juscelino – que jogado contra uma jamanta hoje jaz num jazigo mas, na época, dentro da sua jurisprudência –, resolveu criar uma cidade chamada Brasília. Já sei, Brasília também não começa com J...

O problema é que, quem nasceu, cresceu, fez fortuna e ajudou a jogar o Brasil na juba da jibóia a partir de Brasília foram pessoas que começam com a letra J, falam javanês, andam com jagunços, enfiam o pé na jaca e, como diz o jargão jornalístico, são rápidos feito um jaguar: José Sarney, José Dirceu, José Serra, José Agripino, Jader Barbalho, Jaques Wagner, João Vaccari Neto, João Paulo Cunha... e mais uma infinita lista de judas – onde muitos não necessariamente iniciam com J – mas que estão na mira da justiça a partir da lista do... Janot na Lava... Jato. Michel Temer também não começa com J mas se enrolou numa gravação feita às escondidas com um cara chamado Joesley no Palácio do... Jaburu.

E o povo, muito mais prá um jabuti do que um jumento jurássico continua... jogado na jacutinga.


Semana passada escrevi sobre o quão chato me parece o politicamente correto. Divagando sobre o mesmo tema, um leitor – que concorda comigo – me enviou o seguinte texto:

“Não votei no PT, PC do B, PSOL, então sou fascista. Sou hétero, o que faz de mim um homofóbico. Nunca fui sindicalizado, o que me torna um traidor da causa operária e aliado do patrão. Eu penso e não engulo qualquer coisa que a mídia me empurra, portanto sou reacionário. Atenho-me a meus valores morais e culturais, o que me faz ser xenófobo. Eu gostaria de viver em segurança, e que os bandidos estivessem na cadeia, então sou um saudosista do DOI-CODI. Cumpro as leis e gostaria que todos, inclusive o governo, também cumprisse, o que me torna um membro da Direita. Sou adepto incondicional da meritocracia, o que me torna liberal. Fui educado com severidade e disciplina, pelo que sou grato aos meus pais, avós e a verdadeira escola; o que me transforma num carrasco de crianças, impedindo seu pleno desabrochar. Sou adepto do pensamento que todo cidadão é responsável pela defesa do País, então eu sou militarista. Eu gosto de me esforçar e de sobrepujar metas, o que me faz ser um cidadão desprovido de solidariedade com os demais, que apenas cumprem minimamente as suas tarefas. Vivi uma vida regrada, poupando e me esforçando. Hoje, os esquerdistas/comunistas/socialistas, dizem que sou burguês”.

E é aí que me refiro.


Porto Alegre não é um bom palco para a Seleção Brasileira. Isso porque aqui, tudo é grenalizado. Quem assistiu ao jogo de quinta-feira, na Arena, sabe do que estou falando...

Daniel Andriotti

[email protected]

Publicado em 2/9/2017.

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