09/11/2020 - 09h38min
Democracia não é feita apenas de direitos, mas de sua indispensável parceria com os deveres, por isso sou a favor da obrigatoriedade do voto. Cada cidadão tem o direito de indicar seus representantes, e, ao exercê-lo, também está cumprindo seu dever, assumindo responsabilidade por suas escolhas.
Já as ditaduras, estas são construídas com ausência de direitos, deveres escusos, obediência calada e desinformação. Sem diferença entre nascidas na direita ou na esquerda, cardápio único servido em pratos diversos.
É um sistema difícil, a Democracia, são muitas ideias a conciliar para tornar possível administrar o País, o Estado, o Município. E parcela da responsabilidade é nossa, ninguém assume o comando que não tenha sido levado pelos votos digitados nas urnas. Por isso é tão importante pensar seriamente nas escolhas que faremos, em quais critérios nos embasaremos. E no momento decisivo, diante da responsabilidade que nos cabe, a cidadania consumada.
Seria mais fácil, nestes momentos decisivos, viver sob o manto de uma ditadura, com eleições de resultados pré-estabelecidos. Nas comemorações obrigatórias, toda gente empunhando bandeiras iguais, incluindo os contrários. Nestes regimes, cidadania é conto da carochinha, mas a culpa que é conversada na clandestinidade é direcionada apenas ao comandante. Sem direitos, sem deveres, sem responsabilidades.
Democracia não é fácil, é preciso fazer escolhas e assumir esta responsabilidade. E para que sigamos em frente de consciência tranquila, se faz necessário analisar atentamente cada candidatura, a viabilidade das propostas e a maneira como são apresentadas, o contexto do tempo presente e a realidade que vivemos. Atentar para a postura de cada candidato e seus cabos eleitorais, sua sinceridade e, se possível, procurar saber como se porta com os seus. Sobretudo, excluir aqueles que, por total incapacidade para qualquer cargo público, passam horas a fio tramando contra seus oponentes, caluniando pessoas no mundo real e no virtual (internet).
Antes de votar, é bom prestarmos atenção nos candidatos, procurarmos saber como se portam, o que têm feito de positivo e de negativo, se realmente são o que dizem ser, e quem são suas companhias de todo dia. Porque, como diziam os antigos, diga-me com quem andas e te direi quem és.
Cristina André
Publicado em 06/11/20.
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