Gazeta Centro-Sul
Quinta-feira, 18 de abril de 2024
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15/10/2020 - 09h09min
Comportamento
Meus Bons Professores
Eram movidos pelo amor ao trabalho que faziam, os bons professores que tive. Acreditavam na educação de qualidade como um dos pilares de uma sociedade mais justa, sabiam da importância do conhecimento para o crescimento pessoal. Sempre notei algo especial em cada um deles, um brilho diferente no olhar.
Ficava encantada com aquelas aulas, pelo tanto que sabiam, pela criatividade com que nos ensinavam. Mas, verdade seja dita, foi em casa que aprendi, desde os meus primeiros dias de frequentar a escola, a maior e mais importante de todas as lições sobre os professores: que eu deveria sempre respeitá-los.
Meus pais costumavam dizer que, depois deles próprios, a pessoa mais importante era o professor que estivesse em sala de aula comigo. Ninguém mais poderia, com a licença da família, me chamar a atenção, solicitar tarefas extras e exigi-las cumpridas.
Cultivando profunda admiração pelos profissionais da Educação, foi assim minha vida de estudante. Compreendendo, ao longo do tempo, que críticas construtivas são tão valiosas quanto os elogios, nos fazem refletir sobre mudanças necessárias.
E foi com meus bons professores que aprendi outra grandiosa lição: precisamos saber como é o mundo antes de querermos modificá-lo para melhorar; o conhecimento é nossa chave-mestra.
Gostaria muito de rever os bons professores que tive. Agradecer-lhes por tudo que me ensinaram, pelos gestos de carinho, pela compreensão, pela alegria do saber compartilhado. Dizer-lhes como gostei de conhecê-los, como me inspiraram na realização do meu trabalho como professora.
E contar-lhes como me alegra ver a filha lecionando e a neta brincando de dar aulas.
Cristina André
Publicado em 09/10/20.
