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Sábado, 20 de abril de 2024

12/03/2018 - 14h11min

Comportamento

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A Forma da Água

Aventura metafórica sobre o amor e suas infinitas possibilidades, eis a minha breve definição para o vencedor do Oscar 2018 em quatro categorias – Filme, Diretor, Trilha Sonora Original, Direção de Arte. E acredito que consegui captar a mensagem do diretor Guillermo del Toro enviada ao mundo através do filme “A Forma da Água”.

A estrela deste romance original não é uma das belas mulheres de Hollywood, em nada se parece com Angelina Jolie ou Jennifer Lawrence. Seu amado, nem nos pés chegaria de galãs como Leonardo DiCaprio e Brad Pitt. Tampouco seus coadjuvantes.

E não se dá, a história desse caso amoroso, em românticos parreirais da Toscana, em Praga ou Casablanca. Sequer são de paz os tempos de seus acontecimentos.

O amor acontece nos anos sessenta do século vinte, ambientado nos Estados Unidos, que vive em plena Guerra Fria, enfrentando transformações sociais e problemas políticos. Mais precisamente, em um laboratório secreto onde a protagonista é uma das faxineiras – de pouca beleza física e muda de nascença, que vive uma rotina de vaivém da casa para o trabalho e de amizade com seu vizinho homossexual e solitário como ela.

Eis que presencia a chegada de uma criatura estranha, que é colocada em um tanque e mantida por lá para ser estudada. Uma espécie de animal anfíbio que se parece com um homem. E os dois, mesmo sem o recurso da fala, começam a se entender perfeitamente pela voz dos seus corações.

Quando percebe que está completamente apaixonada pela criatura, sente que é hora de salvá-lo do sofrimento físico imposto pelos pesquisadores. E arquiteta um plano audacioso para tirá-lo daquele lugar e levá-lo para sua casa, onde poderia viver na banheira.

Assim, contrariando todas as estimativas, aquela mulher, que parecia ser tão frágil e ingênua, sai exitosa da sua escandalosa ação amorosa.

Mas o tempo, implacável em verdades e soberania, mostra que certas diferenças, por contrariarem a própria natureza, tornam-se incapacidades de vencer barreiras essenciais. A menos que algo surpreendente aconteça, quebrando todas as regras científicas – um milagre.


Uma aventura metafórica sobre o amor e suas infinitas possibilidades, as barreiras naturais e os milagres extraordinários, disso tudo é feito “A Forma da Água”, o vencedor do Oscar 2018 de Melhor Filme.

Cristina André

[email protected]

Publicado em 10/3/2018.

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