11/12/2017 - 14h41min
Há um filme infantil em cartaz na Capital Gaúcha que é um bonito presente para as famílias que acreditam na história mais conhecida que existe, a do primeiro Natal, desta vez contada pela ótica de um dos animais que dela participou. E não pensem que agrada apenas as crianças, este filme de animação, porque encanta também os adultos. Leve, engraçado em muitos momentos, comovente, assim é “A Estrela de Belém”, que eu e a Isabela, minha neta de cinco anos, assistimos e recomendamos a todos. Porque é um oásis no meio do deserto em que estamos nos perdendo da ternura.
A criançada vive o final do ano escolar e acompanha os preparativos das famílias para o Natal e o Ano Novo. São dias de formaturas, de escrever e enviar pedidos ao Papai Noel; de comprar ingredientes para as receitas especiais, de se lembrar de quem mais precisa e praticar ações solidárias. E quando dezembro estiver quase findo, nas festas natalinas e na virada de mais um ano, famílias estarão reunidas para celebrar o nascimento de Jesus e a chegada de um tempo novo.
Mas há estudos acadêmicos importantes sobre a nossa caminhada neste mundo que permitem prever, segundo um desses pesquisadores da História, o possível fim de tudo que a isso se refere, incluindo no pacote realista-pessimista a nossa própria preocupação com as outras pessoas, a solidariedade.
Segundo o escritor Yuval Harari, um dos mais influentes pensadores da atualidade, a sociedade em geral, neste século vinte e um, caminha e seguirá caminhando na direção do abandono de crenças religiosas tradicionais. A razão de tal comportamento, para esse respeitado professor de História da Universidade de Jerusalém, é a crescente falta de identificação das pessoas com as histórias de orações e milagres que vêm sendo contadas nas famílias, passando de geração a geração. Em outras palavras, o distanciamento cada vez maior entre a realidade dos jovens e as histórias bíblicas, visto que eles não são mais capazes de se sentirem parte do enredo. E na visão de Harari, isso se dá pela admiração exagerada aos meios tecnológicos, o que deverá ultrapassar inclusive os demais seres humanos em importância.
Pois está em cartaz em diversos cinemas da Capital Gaúcha um filme de animação que é bonito presente para toda a família, não apenas para as crianças. “A Estrela de Belém”, história do primeiro Natal, contada pelos animais, é um oásis de ternura no deserto de solidões conectadas em que estamos nos perdendo.
Eu e a Isabela adoramos.
Cristina André
Publicado em 9/12/2017.
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